
Autora: Bana Alabad
Editora: Best Seller
Ano: 2018
Páginas: 160
Para saber mais: Skoob
Livro recebido em parceria com a editora.
Sinopse: Aos 3 anos de idade, Bana Alabed tinha uma infância feliz que foi interrompida abruptamente por uma guerra civil. Durante os quatro anos seguintes, Bana viveu em meio a bombardeios, destruição e medo. Sua provação angustiante culminou em um cerco brutal em que ela, seus pais e os dois irmãos mais novos ficaram presos em Aleppo, com pouco acesso a comida, água, medicamentos e outras necessidades básicas. Com o potencial revolucionário da Internet, Bana, em um gesto simples, mas inédito, usou o Twitter para pedir paz e mobilizar pessoas ao redor do mundo pelo mesmo intuito.
Eu fiquei impressionada com tudo que li. Eu via as notícias sobre a Síria nos jornais, mas nunca fiquei impactada da maneira que fiquei lendo o livro. Bana não poupa o leitor e mostra como é horrível viver na incerteza da guerra. Muitas vezes, durante a leitura, eu parei para digerir o que estava lendo.
A narrativa do livro é feita em primeira pessoa por Bana, que narra o dia a dia dela e da família, além de contar algumas de suas lembranças de quando o mundo dela não era bombardeado dia sim, dia não. Além disso, há algumas cartas escritas pela mãe dela, nelas encontramos lembranças de quando Bana era um bebê e de como foi viver como mãe nesse período. É muito triste ver o relato dela, pois suas preocupações me tocaram muito. O livro também possui alguns dos posts feito pela menina no Twitter e fotos dela numa Alepo destruída.
Vamos acompanhar o início da guerra e os primeiros impactos dela na vida da família de Bana e de outras famílias vizinhas. É impressionante ver os dias passando e a rotina mudando, as preocupações chegando e os bombardeios e a violência aumentando. Fiquei muito assustada em ver como as crianças reagiam a tudo, elas precisaram se adaptar a fome, a falta de luz e água, a incerteza se iriam viver outro dia. Eu fiquei muito impressionada lendo, pois eu tenho uma filha pequena e imaginei ela naquela situação. Por isso cada momento de aflição e medo que Bana passava meu coração se apertava.
Bana é uma menina incrível. Ela se mostrou muito sensata para uma criança tão pequena, acredito eu que seja efeito da guerra, pois ela teve que compreender cedo demais o que estava acontecendo em seu país. Sua família é muito especial, eles são unidos e muito corajosos, gostei muito de ver o modo como os pais de Bana tranquilizavam a todos sobre o que estava acontecendo. Mesmo quando tudo parecia um horror, a esperança deles não acabava.
Querido Mundo é um livro que mostra o horror de uma guerra que dura até hoje, mas fala principalmente sobre a força das pessoas que estão no meio dela. A realidade desumana de uma criança que não deveria estar falando de guerra, mas sim de felicidade e amor.
Oi Lê, poxa, eu diferente de você já não gosto muito de ler sobre guerras, pois me deixam muito depressiva. Mas achei interessante ser sobre a guerra na Síria, pois normalmente é sempre sobre a segunda guerra mundial.
ResponderExcluirEssas histórias baseadas em fatos reais nos deixam surpresos, ainda mais quando são contadas por crianças, pois sentimos na pele o sofrimento delas. As guerras destroem muitos lares e deixam muitos traumas,por isso a cada passo, torcemos pelas famílias e finalmente,para terem paz!!
ResponderExcluirOi Lê,
ResponderExcluirSempre que alguém falava em relatos sobre a guerra através de um livro, minha única referência era O Diário de Anne Frank, mas ela não foi a única a passar por isso. Existiram e existem muitas outras crianças e jovens que viveram a sua maior parte da vida em meio a bombardeios e perderam tudo. Claro que nem todas conseguiram escapar e puderam contar sua história. Fui ouvir o nome de Bana pela primeira vez quando este livro foi publicado e sua história me impressionou muito. Nem imagino como seja crescer em meio a guerra, principalmente quando se é criança. Dói muito ver a inocência ser interrompida por causa da estupidez e egoísmo dos adultos e dói mais ainda não ser capaz de mudar isso.
Nunca li nenhum livro que falasse sobre a Guerra da Síria. Ainda não tinha visto nenhuma resenha falando sobre Querido Mundo. O livro não tem nem 160, mas tenho certeza que carrega mais sentimentos do que muitos calhamaços. Parece ser uma leitura super emocionante. Não deve ser nada fácil ler sobre alguns acontecimentos e pensar nela estando lá, tendo que presenciar aquilo. Não apenas ela, mas muitas outras crianças. Deve ser uma leitura pesada e não sei se estou pronta para ler algo assim agora. Porém, gostei de saber sobre ele. Acredito que são livros assim que fazem a gente agradecer por não presenciar certas coisas, valorizar aqueles que amamos e onde estamos e ter ainda mais empatia com o próximo.
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