Autor: Sid Jacobson
Editora: Quadrinhos na Cia
Ano: 2017
Páginas: 160
Para saber mais: Skoob
Livro recebido em parceria com a editora.
Sinopse: Com acesso total aos arquivos da Casa de Anne Frank, em Amsterdam, Sid Jacobson e Ernie Colón realizaram esta extraordinária graphic novel. A partir de intensa pesquisa e cuidadosa contextualização histórica, os autores reconstituem a vida de Annelies Marie Frank, do seu nascimento, em junho de 1929, até sua morte precoce, em março de 1945, de tifo, no campo de concentração de Bergen-Belsen. Em julho de 1942, Anne, seu pai, Otto, sua mãe, Edith, e sua irmã mais velha, Margot, passaram a viver em um esconderijo em um prédio de Amsterdam para escapar dos nazistas que ocupavam a Holanda durante a Segunda Guerra Mundial. Lá, escreveu a maior parte do diário que se tornaria, nas décadas seguintes, o mais célebre testemunho dos horrores do holocausto.
O Diário de Anne Frank é um relato da própria Anne Frank, morta por nazistas, sobre os dias em que ela, sua família e mais algumas pessoas viveram escondidos em um sótão de uma casa em Amsterdã, quando os judeus eram perseguidos e mortos pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Durante dois anos, ela escreveu sobre seus sentimentos e como era a vida no anexo. Agora, em formato de graphic novel, Sid Jacobson e Ernie Cólon contam a vida da familia Frank de outra maneira.
Eu li este ano O Diário de Anne Frank. Gostei muito da leitura apesar da história triste que encontrei. Após concluir o livro, tive muita vontade de ler mais sobre a Segunda Guerra Mundial e sobre Anne. Esse foi o motivo que me levou a solicitar esse quadrinho, porém encontrei um conteúdo um pouco diferente do que eu imaginava.
Esta biografia teve colaboração da Casa de Anne Frank, fundação/museu situado em Amsterdã, que foi fundado em memória de Anne Frank e que é responsável entre outras coisas, envolvendo a família e os integrantes do anexo durante a Segunda Guerra, pelas publicações autorizadas sobre a história da dessas pessoas. Tanto Sid Jacobson quanto Ernie Colón, os responsáveis por esta obra, tiveram acesso a diversos arquivos do museu para deixar as informações o mais completas possíveis.
Esta biografia teve colaboração da Casa de Anne Frank, fundação/museu situado em Amsterdã, que foi fundado em memória de Anne Frank e que é responsável entre outras coisas, envolvendo a família e os integrantes do anexo durante a Segunda Guerra, pelas publicações autorizadas sobre a história da dessas pessoas. Tanto Sid Jacobson quanto Ernie Colón, os responsáveis por esta obra, tiveram acesso a diversos arquivos do museu para deixar as informações o mais completas possíveis.
A graphic novel apesar de ter o nome de Anne é centrada mais em seu pai, Otto. E como se ela contasse a história do pai e não a dela, assim, em poucos momentos, senti o foco em Anne. Outra coisa que me incomodou um pouco é que não conseguimos ver os outros integrantes do anexo como realmente vemos no diário, aqui não acompanhamos a “evolução” deles e dos sentimentos deles nesse contexto de enclausuramento. Por isso, acredito que alguns ganharam importância e outros perderam importância para a história de Anne, o que pode mudar a visão de quem começa a conhecer esses fatos por esse material.
O texto vai mostrar grande parte da vida dos Frank, deste o momento em que Otto e Edith se conhecem até os últimos momentos da vida do líder da família. Com isso, eu descobri alguns fatos que eu não tinha conhecimento. Contudo, preciso confessar que esse quadrinho não chega perto do Diário, faltou emoção e a voz crítica de Anne!
A história é dividida em 10 capítulos. Para cada um, um momento em que a família Frank viveu ganha destaque. A narrativa é contada de forma linear de três maneiras: através de uma narrativa envolvendo a família e as pessoas próximas, de balões de falas de representações dos acontecimentos vividos pelos Frank e de explicação da contextualização histórica para cada época. Além disso, durante a narrativa, há mapas que demostram o andamento da guerra e de outras informações relativas a ela. Essa contextualização sobre o partido nazista, como eles chegaram ao poder e outros acontecimentos mundiais que interferiram no rumo da guerra está bem completo.
A edição apesar de simples, não tem orelha, é bem bonita. As ilustrações são de Ernie Colón, que mesmo usando muitas cores nas ilustrações não deixa nada muito vibrante. A escrita de Sid é direta e didática, a história perde aquele tom ora alegre, ora melancólico de Anne. Acredito que esse seja um dos fatores que fizeram eu não gostar tanto dessa leitura. Ao final, há a cronologia resumida dos fatos e sugestões de leituras envolvendo Anne Frank.
Mesmo com a minha decepção, no geral, eu gostei da leitura. Descobri muitas coisas novas sobre a família e sobre esse período de guerra. Recomendo Anne Frank - A Biografia Ilustrada se você curte ler sobre a Segunda Guerra e sobre a Anne Frank, mas caso você queira ter um primeiro contato com essa história, eu garanto nada substitui a leitura do diário.
Olá, tudo bem?
ResponderExcluirWowmmm fico triste em saber que esse livro não foi tudo o que você esperava.
Também li o diário de Anne Frank esse ano e simplesmente amei a leitura, mesmo com a parte triste que você mencionou. Essa obra não tinha chamado a minha atenção e depois da sua resenha definitivamente eu não adquiriria a obra. Aguardo suas próximas ficas
Beijos
Oi Lê,
ResponderExcluirAdorei a sua resenha justamente por comparar o quadrinho com o diária. Até então, não sabia dessa diferença que você comentou. Ainda não li o Diário. Sei que é um clássico e que devo ler, mas acabo passando outros livros na frente. Tenho que corrigir isso.
Beijos,
André | Garotos Perdidos
A história de Anne é forte, cruel, severa e sensível, geralmente, uso o livro em sala de aula, mas ainda não tive a oportunidade de ler a HQ e quem sabe também utilizar como ferramente educacional, afinal, a força no neonazismo no Brasil é cada dia mais forte.
ResponderExcluirEu sempre fiquei curioso em ler essa HQ, mas saber que o foco não é a Anne, desanima muito, afinal eu quero ler por causa dela e não do pai (Não desmerecendo). Gostei da resenha.
ResponderExcluirBeijos e Até!
Lendo Ferozmente – Papo Inverso
Ao contrário da grande maioria, eu não sinto muita vontade de ler o livro original, e com sua resenha, fiquei menos interessada na hq (que tinha visto na livraria esses dias). Mas é isso ai.
ResponderExcluirwww.belapsicose.com
Eu nunca li diario de anne frank e sou louca pra ler, quando vi essa hq fiquei bem curiosa mas não sabia que era a perspectiva do pai, decepcionei um pouco com isso =/
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