Título original: The war of the worlds
Autor: H. G. Wells
Tradução: Thelma Médici Nóbrega
Editora: Suma
Ano: 2016
Páginas: 296
Para saber mais: Skoob
Sinopse: Eles vieram do espaço. Eles vieram de Marte. Com tripés biomecânicos gigantes, querem conquistar a Terra e manter os humanos como escravos. Nenhuma tecnologia terrestre parece ser capaz de conter a expansão do terror pelo planeta. É o começo da guerra mais importante da história. Como a humanidade poderá resistir à investida de um potencial bélico tão superior?
Sobre o livro
O personagem principal, que não é identificado, está em um observatório quando observa uma série de explosões na superfície de Marte. Depois, mais tarde, raios começam a cair em determinados locais de Londres. Contudo, somente quando algumas pessoas analisam o local, percebe-se que há dentro do buraco formado pelo raio um cilindro metálico.
Quando esses cilindros, vindos de Marte, saem do chão e começam a matar as pessoas, o protagonista leva sua mulher para longe da cidade. Ao voltar para sua casa, ele terá que sobreviver ao caos que se instalou por toda a Inglaterra.
Minha opinião
Faz algum tempo que me rendi a ler ficção cientifica, e agora que meu conhecimento do gênero aumentou, eu tive vontade de ler o autor que é considerado o pioneiro em apresentar temas dentro do gênero. Depois de ler alguns livros com invasões à Terra, e levando em consideração que A Guerra dos Mundos, escrito em 1898, narra a primeira invasão de marcianos no Planeta Terra, precisei ter cuidado ao analisar a obra, pois é claro que, como precursor, alguns conceitos podem ser mais engessados por causa da época.
Eu gostei muito do modo como os marcianos chegam no planeta e de como as pessoas demoram para compreender o que está realmente acontecendo. É claro que quando tudo fica claro e quando as máquinas começam a matar, a população se desespera na hora e o caos se instala. Um elemento curioso é o fato de que apesar do nome "A Guerra dos Mundos", só ficamos sabendo o que está acontecendo na Inglaterra.
A narrativa é feita em primeira pessoa por um narrador do qual não sabemos seu nome. Isso deixa a leitura mais impessoal e por isso não consegue sentir empatia ou me ligar ao personagem. Toda a narração feita por ele é de certa forma mecânica e me pareceu que eu estava lendo um relatório dos acontecimentos e não que alguém estava narrando a situação. No meio da narrativa, ele para para contar o que aconteceu com o irmão dele em outro local. Isso dá uma quebra na narrativa e parece não ter um porquê. Sem falar que ele não parece ser um personagem preocupado com as pessoas, acredito que essa era a intenção do autor, uma crítica. A escrita do autor é lenta e detalhada, e por isso a história, mesmo não sendo grande, demorou para ser concluída.
A suma lançou uma edição linda em capa dura e com ilustrações originais. O prefácio e a introdução ajudam o leitor a compreender a importância e o contexto da obra. Além disso, há uma entrevista no fim do livro com o autor e Orson Welles, um jornalista que, em 1938, fez uma transmissão por rádio da narrativa de invasão por marcianos de A Guerra dos Mundos. Contudo ele não mencionou esse fato, e com isso ouvintes acreditaram, criando um certo pânico nas pessoas que acreditaram se tratar de uma notícia real.
A Guerra dos Mundos é leitura obrigatória para os fãs de ficção científica. Dentre o ataque, você vai encontrar muitos questionamentos sobre o ser humano.
Oi Lê,
ResponderExcluirSó conheço a história de A Guerra dos Mundos através da última adaptação e gostei bastante, só não sei o quanto dela se manteve fiel a obra original. Ficção científica, ainda é, um campo pouquíssimo explorado por mim em forma literária (pois filmes já assisti a vários), mas as sinopses sempre me deixam bem curiosa. A proposta do autor aqui é, sem dúvida, algo genuíno e inteligente, principalmente ao considerarmos a época em que foi escrita. Mas a forma de narrativa escolhida é algo que acho que não me agradaria, pois não dar uma identidade ao narrador quando este também é um personagem é algo muito vazio para mim. É curioso o título insinuar algo global, mas a história se concentrar só em uma localização. Isso dá uma sensação de individualidade e talvez fosse a ideia do autor. Achei a edição muito bonita e mesmo não sendo uma fã do gênero, fiquei tentada a adquirir um exemplar e conhecer melhor essa trama.
Olá, Lê.
ResponderExcluirPara falar a verdade, gosto mas não tanto de ficção científica, e este livro só de olhar pela capa não me desperta interesse kkkk me faz lembrar de vários clichês, infelizmente.
Esse foi um dos melhores livros de ficção científica que eu li na minha vida. Gosto de como tu consegue elaborar os universos de ficção dele e como ele consegue fazer com que a narrativa não caia em momento algum realmente não consigo entender as pessoas que não gostam desse livro
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