Resenha: Dentes de Dragão - Michael Crichton

Título: Dentes de Dragão
Autor: Michael Crichton
Editora: Arqueiro
Ano: 2018
Páginas: 304
Para saber mais: Skoob
Livro recebido em parceria com a editora.
Sinopse: Em 1876, no inóspito cenário do Oeste americano, os famosos paleontólogos e arquirrivais Othniel Marsh e Edwin Cope saqueiam o território à caça de fósseis de dinossauros. Ao mesmo tempo, vigiam, enganam e sabotam um ao outro numa batalha que entrará para a história como a Guerra dos Ossos. Para vencer uma aposta, o arrogante estudante de Yale William Johnson se junta à expedição de Marsh. A viagem corre bem, até que o paranoico paleontólogo se convence de que o jovem é um espião a serviço do inimigo e o abandona numa perigosa cidade. William, então, é forçado a se unir ao grupo de Cope e eles logo deparam com uma descoberta de proporções históricas. Mas junto com ela vêm grandes perigos, e a recém-adquirida resiliência de William será testada na luta para proteger seu esconderijo de alguns dos mais ardilosos indivíduos do Oeste.



Sobre o livro

Johnson é um jovem estudante de Yale, que adora fazer apostas e mostrar sua coragem. Em um momento de uma nova jogada, ele decide provar que topa qualquer coisa e aposta que é capaz de passar três meses viajando na excursão que o professor e paleontólogo Othniel Marsh está organizando para procurar fósseis de dinossauros no oeste americano. Contudo, quando procura o professor, descobre que as vagas para a expedição já estão preenchidas, mas ele decide que não vai perder mil pratas fácil assim, e consegue a vaga depois de falar a Marsh que é fotógrafo, o que estava faltando para a viagem ficar completa.

Já na excursão, uns dias depois, William é abandonado pelo professor, pois esse acreditava que ele era um espião enviado por Edwian Cope, seu rival no quesito fósseis. Mas o inesperado acontece quando Johnson encontra Cope, hum homem totalmente diferente do mal falado de Marsh. Cope mostra-se um cientista muito inteligente e prático, sem falar que também está indo a procura de fósseis de dinossauros, logo pede que o estudante se junte a ele.

Com isso, eles seguem em expedição e, após alguns dias, fazem uma descoberta incrível. Agora o objetivo deles é levar o que foi encontrado para a universidade, contudo esse caminho de volta será mais perigoso do que as histórias sobre o Velho Oeste que Willian escutou da família.


Minha opinião

É clichê dizer que os livros da duologia Parque dos Dinossauros são um sucesso enorme, eu sempre quis lê-los, inclusive tenho os dois. Mas foi através desse livro, que foi publicado após a morte do autor, que tive a oportunidade de conhecer a escrita de Michael Crichton. Sinceramente, eu não sabia muito bem o que ia encontrar nessa obra, eu já tinha sido avisada que o foco da história não estaria nos dinossauros, mas sim em questões mais humanas. A leitura de dentes de dragão foi uma experiência nova dentro de tudo que já li.

O primeiro fato legal nesse livro é que a história vai se passar durante um momento importantíssimo na história dos Estados Unidos, a Guerra dos Ossos, um período de descoberta de fósseis de dinossauros no oeste do país, nos ricos depósitos de ossos no Colorado, Nebraska e Wyoming. Esse momento também foi palco da rivalidade entre os dois paleontólogos apresentados no livro: Edward Drinker Cope e Othniel Charles Marsh. Como se sabe, eles recorriam a muitas trapaças para superarem um ao outro, inclusive roubavam e destruíam os ossos descobertos pelo rival. Os dois descobriram mais de 130 novas espécies de dinossauros. Foi bem divertido acompanhar o modo como eles falavam um do outro durante a narrativa, o autor soube dar um tom cômico para as passagens envolvendo os dois.



Minha relação com os personagens do livro foram as mais diversas, eu não me apeguei a ninguém, mas mesmo assim suas atitudes na história tiveram impacto em mim. Todos os personagens passam a impressão de serem práticos em suas vidas, e por isso quando os empecilhos aconteciam, eu gostava muito de ver como eles resolviam de maneira pratica e rápida os problemas. Até quando o protagonista se preso a uma situação, ele não parece muito preocupado, pois sabe que uma hora tudo vai se resolver.

Willian e o fio condutor usado pelo autor para contar a história dessa época dos Estados Unidos e dos dois paleontólogos. Esse é o primeiro livro de faroeste que leio, então tudo que envolve suas aventuras estão relacionadas com o Velho Oeste, há desde pistoleiros a índios. William é um riquinho que acha que sabe das coisas, contudo quando se vê em outra realidade ele tem muito que aprender. Há uma evolução, e isso me surpreendeu bastante, dá para falar qualquer coisa sobre esse personagem, mas ele se mantém firme em sua tarefa. 


A narrativa em terceira pessoa tem o foco em Willian, e a história vai se desenrolando de uma forma muito leve e interessante. O velho Oeste é um cenário novo para mim, mas logo me vi presa a esse mundo. Durante o desenrolar da narrativa há algumas reviravoltas que me surpreenderam bastante, sem falar que o livro tem esse contexto histórico que eu não conhecia, e por isso a leitura acabou sendo muito rica de informações.

Dentes de Dragão é uma viagem no tempo, com direito a aventuras, caçadas e trapaças. Um livro ideal para quem quer ter um primeiro contato com o autor e para quem curte livros de descobertas científicas, mas sem aquela linguagem rebuscada. Agora que já encontrei fósseis de dinossauros, preciso ter um encontro com eles vivos.


4 comentários

  1. Lê!
    Poder ler um livro escrito por um renomado autor e ainda baseado em fatos e rivalidades reais da época, deve ser uma fantasia deliciosa de acompanhar.
    Fiquei bem curiosa.
    Uma semana pleno de luz e paz!
    “Oh, faz-nos felizes, e nos terás feito bons.” (Robert Browning)
    cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA NOVEMBRO - 5 GANHADORES – BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM!

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  2. Oi Lê,
    Que bom que teve a oportunidade de ler, e que te conquistou... Eu também nunca li nada sobre o faroeste, e imagino que as descrições, principalmente por usar de um conteúdo histórico, sejam bem legais de acompanhar!
    Eu também achei que o foco não foi bem os fósseis, mostra muito do ser humano, e de como ele se importa mais consigo mesmo, acima de qualquer coisa!
    Fiquei tentada a ler.
    Beijos

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  3. Oi Lê,
    Não sei nada sobre o velho oeste americano então não tenho nenhuma base de referência, o que não é ruim, pois aqui está minha chance de adentrar este mundo através de uma história cheia de aventura. Nunca li nenhuma obra de Michael Crichton, mas já assisti a Jurassic Park várias vezes e amo a história. Pelo o que sei dessa obra, o autor foi bem ousado ao unir fatos reais em uma história ficcional, mas acho que esse é seu diferencial. E achei genial ele ter inserido o personagem William Johson para fazer a passagem entre os paleontólogos, pois se não fosse isso a história não teria um ritmo muito interessante. Por falar no protagonista, em um primeiro momento e através de outras resenhas achei William meio infantil, mas acho que não é bem isso, acredito que o seu modo de vida, cheio de riquezas, tenham o deixado um pouco mimado e claro que o seu crescimento pessoal durante a trama será algo bem significativo. Essa aventura promete entretenimento e conhecimento, elementos que juntos podem fazer Dentes de Dragão se destacar entre os leitores.

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  4. Oi, Lê!
    Livros sobre dinossauros não faz o meu estilo de leitura, mesmo você dizendo que eles não são o foco na história de Dentes de Dragão, assim como também não curto livro de faroeste e nem de descobertas científicas... por isso eu não leria Dentes de Dragão.
    Abraços!

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