Título original: The wisdom of psychopaths
Autor: Kevin Dutton
Editora: Record
Ano: 2018
Páginas:280
Para saber mais: Skoob
Livro recebido em parceria com a editora.
Sinopse: Todos possuímos tendências psicopatas. E talvez o segredo do sucesso esteja no nosso lado mais sombrio. A sociedade em que vivemos está mais psicopática do que nunca. Afinal, esse comportamento é caracterizado pela ausência de medo, pela confiança extrema, pelo charme, distanciamento e foco — qualidades que se encaixam com perfeição no ideal de triunfo do século XXI. Neste livro, o renomado psicólogo Kevin Dutton mergulha na vida e no comportamento dos psicopatas, analisando os avanços mais recentes da neurociência e da neuroimagem para demonstrar que um neurocirurgião brilhante com pouca empatia tem mais em comum com alguém que mata por prazer do que gostaríamos de admitir e que, diferentemente dos assassinos, os “psicopatas funcionais” são capazes de utilizar suas personalidades distantes, afiadas e carismáticas para se tornarem bem-sucedidos.
Quando pensamos em psicopatas, logo nos vem à cabeça serial killers, abusadores e perversos em geral. Mesmo isso sendo uma verdade, Kevin Dutton, psicólogo da Universidade de Cambridge, mostra em A Sabedoria dos Psicopatas que a psicopatia também tem um lado positivo. A princípio essa colocação é bem difícil de convencer, mas ele aponta, no decorrer do livro, que muitas características da psicopatia deixam as pessoas mais próximas de seus objetivos do que as que não possuem essas características.
Eu gosto muito de ler livros com personagens psicopatas, aqueles horríveis mesmo. Então vi neste livro a possibilidade de aprender mais sobre essas pessoas e tentar compreender o que leva alguém a fazer tanto mal para outra pessoa. Aprendi muito mais do que esperava com essa leitura, pois aprendi principalmente sobre a psicopatia funcional também. Esse termo causou-me estranheza no início, mas conforme eu leia mais eu compreendia o que era apresentado pelo autor.
A primeira coisa que me chamou atenção na leitura foi a diversidade das características de um psicopata. Não aquelas horríveis, como a falta de remorso e a versatilidade criminosa, mas sim aquelas que muitas vezes não percebemos e que faz com que sejamos enganados, como o fato de o psicopata ser normalmente carismático e a primeira impressão que temos deles ser sempre positiva. Isso acaba abrindo a brecha que ele precisa para se aproximar de alguém e fazer o mal.
A primeira coisa que me chamou atenção na leitura foi a diversidade das características de um psicopata. Não aquelas horríveis, como a falta de remorso e a versatilidade criminosa, mas sim aquelas que muitas vezes não percebemos e que faz com que sejamos enganados, como o fato de o psicopata ser normalmente carismático e a primeira impressão que temos deles ser sempre positiva. Isso acaba abrindo a brecha que ele precisa para se aproximar de alguém e fazer o mal.
Apesar de apresentar questões sobre psicopatas, do tipo serial killers, o livro está muito mais focado nos psicopatas funcionais, como santos, corretores, CEOs e até mesmo bancários e médicos. Ele relata a frieza com que os líderes de corporações têm na hora de fazer negócios. Normalmente, esse tipo de pessoa é fria, charmosa, persuasiva, possui grande força mental e não sente empatia pelos outros. Para alcançar o que querem fingem e são dissimulados. Além disso normalmente, eles não possuem medo de arriscar, assumindo riscos quando necessário. Sem falar no dom em convencer as pessoas a fazer o que querem.
Seja como for, a conclusão não deixa dúvidas. O psicopata busca recompensas a qualquer custo, desprezando consequências e riscos.
Para mim uma das informações mais importantes do livro foi "o fato de sermos bons ou maus depende parcialmente de nossos genes e parcialmente de nosso ambiente". Isso explica muito aquela frase "o oprimido vira opressor", contudo sabemos que isso não se refere a todos os oprimidos. Pois então agora consigo entender um pouco mais sobre o que desencadeia toda essa "revolta". Além disso, Kevin lista as tipologias dos serial killers do sexo masculino e feminino, as diferenças e o objetivo final de cada um também foram uma surpresa para mim.
Kevin Dutton traz muitas pesquisas para comprovar sua teoria. É impressionante ver o número de pesquisas sobre esse assunto e como eles são incrivelmente reveladoras. Chega a ser assustador! Há alguns pequenos testes, que podemos fazer na hora, sobre ser ou não um psicopata. É através desses testes que o autor nos faz pensar sobre o método de avaliação dos psicopatas, mostrando ainda que a resposta deles não seria exatamente a que imaginamos. No geral, a leitura foi muito leve e o tempo todo eu me surpreendia com uma informação nova.
Foi extremamente explicativa essa leitura. Muitos mitos são quebrados, e novas informações me foram apresentadas. Cheguei a uma conclusão com esse livro, não sou nenhum tipo de psicopata, felizmente, ou não!
Oi, Lê,
ResponderExcluirAcredito que, pra mim, essa também seria a oportunidade de mergulhar à fundo nesse tema muito extenso, pois o mesmo me interessa.
Os pontos destacados são muito essenciais para o leitor, a compreensão dos mesmos são muito importantes.
Eu não conhecia o livro, mas como geralmente gosto de enredos envolvendo psicopatas ou serial killers logo fiquei curioso. O livro parece ter estudos e informações bem interessantes e pensando friamente tem todo o sentido dizer que muitas pessoas usam esses elementos psicóticos para o bem. Também deve ser interessante as comparações entre homens e mulheres quando se trata desse assunto.
ResponderExcluirEvandro