Série: As Crônicas dos Mortos #2
Autor: Rodrigo de Oliveira
Editora: Faro Editorial
Ano: 2014
Páginas: 312
Para saber mais: Skoob
Livro recebido em parceria com a editora.
Sinopse: Ano 2018. À passagem de um planeta próximo da órbita da Terra, o que era para ser um dia de festa... Pessoas do mundo inteiro prepararam-se para um espetáculo astronômico mas o evento se transforma num pesadelo. Um dia após à maior aproximação do planeta, um imenso calor sobrevêm e 2/3 de todas as pessoas do mundo transformam-se em zumbis. Em São José dos Campos, um grupo cria um centro de refugiados para milhares de pessoas não infectadas. Eles reuniram condições de sobrevivência com água, alimentos e criaram uma grande fortaleza. Agora dedicam-se a encontrar outros focos de resistência e ajudar peregrinos do grande apocalipse. Eles não sabem, mas essa pode ser a maior comunidade de vivos na face da Terra. No entanto, próximo a eles, uma outra resistência - perversa e potente - também cresce. Um grande Comando do Exército é tomado por criminosos do presidio de segurança máxima de Taubaté. Eles resistiram aos zumbis, escravizaram outros humanos e, fortemente armados, se tornam uma ameaça letal à comunidade vizinha. Uma batalha está para acontecer. Um cerco para salvar vidas. E em meio a isso, inúmeras histórias de pessoas vivendo em situações-limite, muito além da sua imaginação.
A Batalha dos Mortos é o segundo volume da série As Crônicas dos Mortos, do autor brasileiro Rodrigo de Oliveira. A saga conta com mais 5 volumes: O vale dos mortos (resenha aqui) A Batalha dos Mortos, A Senhora dos Mortos, A Ilha dos Mortos, A Era dos Mortos Parte 1 e A Era dos Mortos Parte 2. Além desses livros, a série contém um livro extra, Elevador 16, uma novela que vai mostrar o que aconteceu com 16 pessoas que ficaram presas num elevador no momento em que o mundo inteiro caiu.
Sobre o livro
Não muito distante dali, um grupo de criminosos recém fugidos da cadeia, liderados pelo criminoso Emmanuel, invade um quartel do exército e resolve montar seu próprio império. Aos moldes de Hitler, eles mantém os sobreviventes como escravos, abusam deles de todas as maneiras possíveis, punindo com a morte qualquer um que tente fugir.
Isabel e um grupo de amigos tentam avidamente escapar das garras do tirano e buscar ajuda para as dezenas de pessoas que sofrem a opressão do ditador. E, através de um rádio, eles obtêm contato com Ivan, porém, o que o líder do Colinas não espera é que esse contato mudará a vida de todos, para sempre.
Lá no fundo do coração todas as pessoas possuem um canto escuro, frio, empoeirado, onde ficam guardados todo o ódio, a fúria, o remorso e o descontentamento. E quando essa caixa de Pandora é aberta, alguém sempre sai ferido.
Minha opinião
Honestamente, eu ouvia bastante sobre essa série e mesmo tendo lido o primeiro livro ainda assim não esperava muito dela. Erro meu, pois o segundo livro me mostrou que tudo que é falado sobre a série realmente é verdade. O autor explora ainda mais o lado humano nesse livro, enfatizando cada vez mais a ideia de que um apocalipse zumbi não é o pior pesadelo dos personagens e que a maldade que existe nos humanos supera a maior catástrofe do mundo.
O foco da trama é direcionado para o casal de líderes, Ivan e Estela, porém, nesse segundo volume, temos a inclusão de novos personagens como Isabel e Jezebel, Canino, e o novo vilão, Emmanuel. Desse novos personagens alguns merecem ser destacados, como Canino, que mesmo fazendo parte do grupo de Emmanuel, é um homem de coração bom e que não concorda com a forma com que o líder do bando administra o quartel, além é claro das gêmeas, que, para mim, são tão importantes ao longo do livro quanto Ivan e Estela. As duas têm um mistério, um “q” a mais, que responde muitas perguntas que o leitor se faz durante o livro, além de uma pitada de drama familiar que engrandece qualquer história.
A narrativa é fluida, bastante abrasileirada, o que em alguns livros é um problema, mas que não foi o caso aqui. E uma coisa interessante que cabe ressaltar são os locais que o autor cita ao longo da história, são lugares reais que ele descreve cada detalhe com perfeição.
Novamente o autor aborda uma questão que deveria ser muito mais discutida nos dias de hoje, a violência contra a mulher. Em meio ao caos do apocalipse zumbi, o autor retrata homens abusando de mulheres e fazendo-as escravas. No primeiro livro essa problemática já tinha sido mostrada de uma maneira bem forte, e, no segundo livro, o Rodrigo traz novamente o assunto a tona, de uma maneira bem mais revoltante.
A Batalha dos Mortos foi uma leitura que me surpreendeu, pois sinceramente eu não esperava muito de um apocalipse zumbi no Brasil. Mesmo tendo lido o primeiro volume, achava que o autor não conseguiria nos dar as respostas de uma maneira tão original e inteligente. É muito bom escrever uma resenha de um livro tão bom de ler quanto esse! O que eu posso dizer é que quem é fã de Resident Evil, Silent Hill ou The Walking Dead deveria começar a ler essa série o quanto antes, pois na minha opinião, ela merece esse comparação.
Mesmo tendo perdido o interesse na série TWD, embora continue assistindo, acho que essa temática de um apocalipse onde as ações do próprio homem continuam ser o pior desafio e pesadelo na sobrevivência; acredito que é um bom assunto para se explorar. O fato do enredo se passar em terras brasileiras com locais bem explorados pelo autor também é bastante interessante. Também já li bastante coisas boas sobre essa série. Tenho vontade de ler também.
ResponderExcluirEvandro
Oi, Gui,
ResponderExcluirMostrar o após de algo catastrófico ter acontecido - ver pessoas más tomarem conta da cidade - ainda é assustador, algo aterrorizante mesmo, que deixa o leitor com muitas expectativas (ou com um pouco de esperança de que tudo vai ficar bem), pois o destino da população se torna algo incerto!
Não gosto de nada relacionados à zumbis, mas o enredo parece ter sido bem criado, com os elementos certos!