Autora: Kimberly Brubaker Bradley
Editora: DarkSide Books
Ano: 2017
Páginas: 240
Para saber mais: Skoob
Livro recebido em parceria com a editora.
Sinopse: Ada tem dez anos (ao menos é o que ela acha). A menina nunca saiu de casa, para não envergonhar a mãe na frente dos outros. Da janela, vê o irmão brincar, correr, pular – coisas que qualquer criança sabe fazer. Qualquer criança que não tenha nascido com um “pé torto” como o seu. Trancada num apartamento, Ada cuida da casa e do irmão sozinha, além de ter que escapar dos maus-tratos diários que sofre da mãe. Ainda bem que há uma guerra se aproximando. Os possíveis bombardeios de Hitler são a oportunidade perfeita para Ada e o caçula Jamie deixarem Londres e partirem para o interior, em busca de uma vida melhor.
Sobre o livro
Ada Smith tem 10 anos e mora com o irmão, Jamie, e com a mãe em um apartamento em Londres. Ela nasceu com uma deformidade no pé, e por isso sua mãe, que tem vergonha do pé torto da filha, nunca a deixou sair de casa. Com isso, a menina passa a maior parte do tempo sentada na janela vendo seu irmão brincando e os vizinhos passando pelas calçadas. Além disso, ela é constantemente maltratada pela mãe.
Com o início da Segunda Guerra Mundial, Londres está sob a mira de Hitler. O iminente risco de bombardeio, obriga as autoridades a evacuarem as crianças para o interior da Inglaterra. Assim, Ada vê a oportunidade de ela e o irmão fugirem juntos para encontrarem uma vida melhor, longe da mãe. Depois de muita luta os dois chegam à estação de trem e embargam para o futuro incerto.
Quando chegam ao destino, Ada e Jamie são levados para a casa de Susan Smith. Susan é uma mulher sem filhos, que mora sozinha e que vive da herança deixada por sua amiga, Backy. Sua primeira reação foi não aceitar as crianças, porém é obrigada a recebê-las. Mesmo sem experiência com crianças, ela fará tudo que puder para dar o melhor aos irmãos, cuidando de todas as necessidades básicas que eles precisam. Além disso, leva Ada ao médico para ver o que pode ser feito com o pé torto da menina.
A partir desse momento tanto a vida de Susan quanto as de Ada e Jamie mudam para sempre. Eles descobrirão, juntos, que a união, a confiança, o carinho e acima de tudo o amor constroem uma verdadeira família.
Burra. Retardada. Educável. Zelosa. Eram só palavras. Eu estava tão cansada de palavras sem sentido.
Minha opinião
Geralmente histórias que se passam na Segunda Guerra Mundial emocionam muito, quando contada por uma criança então nem se fala. Agora imagina uma menina que tem uma deficiência no pé, locomove-se arrastando pela casa e é maltrata diariamente pela mãe. Forte né?!
Aqui o pano de fundo é a Segunda Guerra, mas a verdadeira guerra que acompanhamos está acontecendo dentro de Ada. Ver o crescimento pessoal de uma criança sensível e debilitada psicologicamente, num contexto no qual ela está longe de casa, com uma pessoa estranha, e com a constante preocupação com bombardeios e com uma possível invasão da Alemanha é tocante. A autora consegue trazer beleza, para um momento tão triste da história mundial, quando usa a visão de uma menina tão jovem para ameniza e ao mesmo tempo intensificar o que realmente significa uma guerra.
Ada é uma menina incrível. Mesmo após passar anos sofrendo maus tratos, ela é determinada e forte. Sua inocência e doçura são cativantes, mesmo quando ela luta contra seus desejos e sua vontade de compreender o desconhecido. Sem falar na visão que ela própria tem de si, que vai mudando ao longo da narrativa, e isso é muito gratificante.
Jamie é um fofo e muito inteligente. Uma criança pequena longe de casa e longe da mãe consegue deixar muito difícil a missão de não se emocionar com sua luta diária. A preocupação de Ada com o irmão é muito tocante. Impossível não querer o bem desses dois amados. Em muitos momentos, vemos a resistência das crianças às situações, às comodidades e a Susan, contudo é compreensível essa resistência, visto que, aquela não é a realidade deles. Tudo aquilo por que eles estão passando é temporário, e a qualquer momento eles terão que voltar para sua verdadeira casa e para sua mãe.
Susan também tem suas lutas internas e, por mais que tenha rejeitado as crianças logo no início, a partir do momento em que ela aceita que os irmãos fiquem na sua casa, ela faz de tudo para o bem dos dois. Susan irá aprender muito mais do que criar duas crianças, ela redescobrirá o amor.
A autora conseguiu trabalhar muito bem os sentimentos, tanto os internos de Ada quanto os que são visíveis nos comportamentos das personagens. A luta diária contra as demonstrações de carinho vai diluindo-se com o tempo e transformando o ambiente em um lugar cheio de afeição.
A guerra é abordada com muita sutileza, mas faz-se presente em toda a narrativa. As notícias pelo rádio, a pista de pouso na frente da casa de Susan onde aviões partem e chegam o tempo todo, entre outros detalhes lembram-nos o tempo todo que uma guerra muito maior assola o mundo.
A narração é feita em primeira pessoa pela Ada. Assim, acompanhamos algumas informações sobre a guerra, através da percepção que uma criança tem sobre os acontecimentos e sobre as notícias, e, principalmente, todo o conflito interno que acompanha Ada ao longo da história. A escrita da Kimberly é muito leve, fluida e carregada de sentimentos. Os capítulos são curtos é a narrativa muito rápida.
Como sempre, a DarkSide caprichou na edição. A capa, a diagramação e as imagens estão lindas e deixam a leitura mais prazerosa e a estante mais bonita.
A autora conseguiu trabalhar muito bem os sentimentos, tanto os internos de Ada quanto os que são visíveis nos comportamentos das personagens. A luta diária contra as demonstrações de carinho vai diluindo-se com o tempo e transformando o ambiente em um lugar cheio de afeição.
A guerra é abordada com muita sutileza, mas faz-se presente em toda a narrativa. As notícias pelo rádio, a pista de pouso na frente da casa de Susan onde aviões partem e chegam o tempo todo, entre outros detalhes lembram-nos o tempo todo que uma guerra muito maior assola o mundo.
A narração é feita em primeira pessoa pela Ada. Assim, acompanhamos algumas informações sobre a guerra, através da percepção que uma criança tem sobre os acontecimentos e sobre as notícias, e, principalmente, todo o conflito interno que acompanha Ada ao longo da história. A escrita da Kimberly é muito leve, fluida e carregada de sentimentos. Os capítulos são curtos é a narrativa muito rápida.
Como sempre, a DarkSide caprichou na edição. A capa, a diagramação e as imagens estão lindas e deixam a leitura mais prazerosa e a estante mais bonita.
Senti-me muito feliz ao terminar a leitura, o final trouxe paz ao meu coração aflito. A Guerra que Salvou a Minha Vida encheu meu coração de amor! Uma história simples e sensível que toca na alma e que comove pela sua essência de luta e superação. Kimberly conseguiu mostrar através dos olhos de Ada que o amor, a amizade e a confiança constroem um lar e uma família, independente das guerras que lutamos .
SORTEIO QUE SALVOU A MINHA VIDA! - Resultado
A Ganhadora foi Mia Sodré!
E para fechar com chave de ouro essa resenha, a DarkSide Books disponibilizou, para os leitores do blog, um exemplar do livro. Para participar é muito fácil, você só precisa ser inscrito no canal do blog no YouTube: AQUI
Para validar sua inscrição preencha o formulário abaixo e fique atendo as informações abaixo:
- A DarkSide Books fica responsável pelo envio do seu prêmio;
- O sorteio terá início em 03 de abril e término em 18 de maio de 2017;
- O resultado será divulgado no Facebook do Lê Lendo Lido, quarta, 18/05, às 13h.
- O ganhador deverá enviar e-mail de contato em até 48 horas ou o sorteio será refeito.
Também fico emocionada com livros de guerra, principalmente com crianças no meio. Simplesmente amo a leitura, apesar de sofrer muito. Apesar de achar o livro sugestivo ao público jovem, quero muito lê-lo já tem um tempo, quem sabe, inclusive, usar em sala de aula, neste momento tão triste onde o discurso neonazista toma força e vida, acho fundamental utilizar ferramentas que ajudem a mostrar como tudo isso é cruel.
ResponderExcluirUma das temáticas de que mais gosto é a que envolve guerras. Estou de olho nesse livro desde que foi anunciado. Pela tua resenha, pude ter certeza de que vou amar a história. Já estou participando do sorteio! o/
ResponderExcluir;*
Eu já estava doida pra ler esse livro, com sua resenha quero ler ainda mais, e qual não foi minha surpresa ao chegar no fim e descobrir que tá rolando um sorteio!? hahah
ResponderExcluirEu também gosto muito de ler histórias que se passam na Segunda Guerra e também que são narradas por crianças. Me apaixonei por O menino do pijama listrado, e acredito que o mesmo acontecerá com A guerra que salvou a minha vida, em especial porque a protagonista já vive em meio a uma guerra que não é essa que manchou a nossa história. Que bom que você chegou ao fim da história sentindo paz! Pior se continuasse aflita :/
Beijos!
Sempre me emociono com livros que falam sobre a Guerra que marcou milhares de pessoas.
ResponderExcluirAgora com a sua resenha estou mais ansiosa por ler este lindo livro.
Oie
ResponderExcluirai que legal a sua resenha, to louca pelo livro e parece ser realmente uma leitura que vale a pena, e essa edição? sensacional como sempre, parabéns pela escrita e pela sinceridade
beijos
http://realityofbooks.blogspot.com.br/