Resenha: Alice no País das Armadilhas - Mainak Dhar

Título: Alice no País das Armadilhas
Título Original: Alice in Deadland 
Série: Alice no País das Armadilhas #1
Autor: Mainak Dhar
Editora: Única Editora
Ano: 2015
Páginas: 256
Para saber mais: Skoob
Sinopse: O planeta Terra foi devastado por um ataque nuclear, e boa parte de sua população se transformou em Mordedores, mortos-vivos que se alimentam de sangue e, com sua mordida, fazem dos humanos seres como eles. Alice é uma jovem humana de 15 anos que mora no País das Armadilhas, nos arredores da cidade que um dia foi Nova Déli, na Índia. Ela nasceu nessa nova realidade aterrorizante e teve de aprender a se defender sozinha desde cedo. As coisas mudam quando Alice decide seguir um Mordedor por um buraco no chão: ela descobre a estarrecedora verdade por trás da origem das criaturas e se dá conta da profecia que ela mesma está destinada a consumar — uma profecia que se baseia nos restos chamuscados do último livro encontrado no País das Armadilhas, uma obra chamada Alice no País das Maravilhas. Uma mistura incomum de mitos, teorias conspiratórias e Lewis Caroll, Alice no País das Armadilhas pode parecer mais uma história de zumbi, mas é uma metáfora instigante de como tendemos a demonizar aquilo que não compreendemos. 


Alice no País das Armadilhas é o primeiro livro de uma trilogia com o mesmo nome, publicado no brasil pela Única Editora. O segundo livro, Alice e as Armadilhas do Outro Lado do Espelho, foi publicado este ano. O último livro já foi lançado nos estados unidos, mas não tem previsão de lançamento no brasil. O livro é uma releitura do clássico Alice no Pais das Maravilhas, de Lewis Carroll.  
Sobre o livro

Alice é uma garota de apenas quinze anos, mas que já viu muita destruição e miséria na sua vida. Como nasceu em um mundo caótico e destruído por um ataque nuclear chamado Insurreição, que transformou boa parte da população em Zumbis, ela aprendeu desde pequena a se defender e a usar armas.

Alice e sua família moram no País das Armadilhas, antiga Nova Déli, na Índia. Ela faz parte do grupo de monitoramento de seu assentamento. É, em uma dessas vigias, que Alice vê um Mordedor com orelhas de coelho, caindo em um buraco no chão. Na adrenalina do momento, ela sai correndo atrás e também cai, indo parar no abrigo dos zumbis.



Nesse momento, toda a vida que Alice conhece e tudo que ela acredita começa a mudar quando encontra A Rainha, uma mulher meio mordedora, meio humana, que conta que nem tudo é como Alice imagina, detalhando tudo o que acorreu antes da Insurreição e de como a ganância política está terminando de destruir o que sobrou do mundo. Além disso, a Rainha diz que de acordo com uma profecia que está em um antigo livro, Alice no Pais das Armadilhas, Alice é a salvadora do mundo, pois sua semelhança com a Alice do livro é surpreendente.

Os zumbis veem Alice como uma espécie de “líder” e passam a obedecê-la. Com isso, ela terá que provar para as pessoas do seu grupo que eles e os mordedores podem viver em paz e terá que lutar contra um inimigo muito pior, a china, que tenta dominar a cidade e ampliar seu poder. 



Minha opinião

Quando peguei esse livro para ler, eu não fazia ideia que ele era sobre zumbis. O que mais me surpreendeu no livro foi a forte trama política, mesmo achando que o autor deixou a desejar nesse quesito. Um fator positivo com certeza é o fato da história se passar na Índia e o pais "vilão" ser a China. Porém o objetivo de a China querer tanto atacar o País das Armadilhas parece mais birra do que algo realmente político. O autor deixou muitas perguntas em aberto, o que considerei um erro já que o forte do livro é o fator político. 

Nunca li Alice no País das Maravilhas, mas já assisti ao filme da Disney milhares de vezes. Com base nisso, achei que a trama tem pouca ligação com a de Carroll. Claro que encontramos os principais elementos e os nomes de alguns personagens fazem referências aos da história original. Porém o autor poderia ter contado a mesma coisa sem precisar fazer esse tipo de releitura. 

A protagonista também é um dos pontos positivos do livro. Bem diferente de uma mocinha em perigo, Alice é uma mulher forte, corajosa, dedicada e muito preocupada com seu povo. Em muitos momentos altruísta, o excesso de preocupação tanto com os zumbis quanto com a comunidade, deixa-a em muitos momentos sem saber o que escolher. Percebi que ela tinha uma tendência a escolher os mordedores.



A narrativa é feita em terceira pessoa, conseguimos saber o que está acontecendo não só em nova deli, mas na china também. Isso é muito revelador e ajuda o leitor a compreender o que está por trás de outros acontecimentos. Com isso, a leitura fica mais rápida é fluída, mas mesmo assim não consegui me sentir ligada à história. O final foi bem surpreendente, gostei muito do modo que o autor decidiu terminar esse primeiro livro. Dá até vontade de ler o segundo. 

Apesar das ressalvas, o livro tem muitas cenas de ação bem bacanas. O autor faz críticas e levanta questionamentos bem pertinentes em relação à julgamento, sede de poder e os objetivos por trás das guerras. É um ótimo livro para quem gosta de histórias com uma pegada distópica,  com  zumbis e com conflitos políticos.





Postagem da



3 comentários

  1. oi, Lê... bem, confesso que a princípio não me animei muito com a premissa dele, mesmo gostando de Alice no país das maravilhas... tenho certo receio com releituras... mas fiquei curiosa em como é trabalhada a questão política no livro, mesmo com uma ou outra falha nessa parte do enredo...
    se tiver chance, lerei...
    bjs ^^

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  2. Oi, Lê que releitura legal. Eu assisti o filme Orgulho e preconceito e zumbis e confesso que tinha medo de como seria esse filme, mas ao final eu curti muito a releitura. Quando vi que esse tbm tem zumbis fiquei muito curiosa, já li Alice e já assisti o filme, agora vou ler esse e ver as semelhanças. Bjs

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  3. Oi Lê!!!
    Confesso que não sou muito fã dessas "adaptações" de um livro com base em outra obra conhecida, ainda mais mais com zumbis, que são os seres que menos me agradam em filmes, séries e livros, pois acho eles muito sem criatividade e tosco mesmo kkkkk
    Mesmo assim, tenho que admitir que a sinopse - por mais maluca que seja - me agradou.
    Vou adicionar este primeiro livro às minhas metas.

    Abraço.

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