Título original: Possessed: The true story of an exorcism
Autor: Thomas B. Allen
Editora: DarkSide Books
Ano: 2016
Páginas: 254
Para saber mais: Skoob
Sinopse: Se a ficção consegue ser tão assustadora, imagine o poder contido na história real? Muitos não sabem, mas a obra-prima de W. Peter Blatty, O Exorcista, não se trata de uma invenção. Ela foi inspirada num fenômeno ainda mais sombrio, desses que a ciência não consegue explicar: um exorcismo de verdade. A história real aconteceu em 1949. Exorcismo narra em detalhes os fatos que aconteceram com Robert Mannheim, um jovem norte-americano de 14 anos que gostava de brincar com sua tábua ouija, presente que ganhou de uma tia que achava ser possível se comunicar com os mortos. Thomas B. Allen contou com uma santa contribuição para a pesquisa do seu trabalho. Ele teve acesso ao diário de um padre jesuíta que auxiliou o exorcista Bowdern. Como resultado, seu livro é considerado o mais completo relato de um exorcismo pela Igreja Católica desde a Idade Média. Os investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren definiram a obra de Thomas B. Allen como “um documento fascinante e imparcial sobre a lluta diária entre o bem e o mal”.
Com 13 anos, peguei da estante da minha avó O Exorcista, de William Peter Blatty, livro de terror que foi adaptado para o cinema em 1973. Tanto no livro quanto no filme, uma menina é possuída, e um padre tenta de todas as maneiras exorcizá-la. Eu não tinha assistido ao filme e, até hoje ainda não tive coragem de fazê-lo. Não sei por que eu pensei em ler aquele livro, mas lembro que um barulho me fez largar a leitura na hora, parei na página 50. Nunca mais tive coragem de ler nada de terror depois disso.
Eis que anos depois aparece Exorcismo, de Thomas B. Allen, o relato real da história que inspirou o filme. Gente, eu nem sabia que essa história era real. Imagina minha cara de espanto, hahahaha!
Por azar (ou sorte), o livro escolhido para o Vórtice Fantástico de junho foi logo ele. O mais engraçado era que eu tinha o livro na estante (não resisto a uma edição da Darkside) mesmo sem imaginar que ele seria o escolhido e mesmo sabendo que eu nunca ia lê-lo (sabe de nada, inocente!). Mas estou feliz de ter conhecido a história e de ter debatido sobre o assunto do livro com outros leitores.
Maryland, Estados Unidos, 1949. Robbie, um menino de 13 anos, e sua tia Harriet gostam de brincar com uma tábua Ouija, tabuleiro usado para se comunicar com os mortos ou com os espíritos que vagam pelo plano astral. Os pais do garoto, mesmo não gostando e não acreditando na tábua, deixam que esse tipo de brincadeira continue. Quando Herriet morre, Robbie continua brincando com o tabuleiro. Depois de alguns dias, sons estranhos começam a surgir na casa e, conforme o tempo passa, os barulhos vão ficando mais intensos até que Robbie começa a ter reações estranhas, inclusive surgem arranhões pelo corpo dele. Os pais buscam ajuda de padres de igrejas luteranas, que a princípio acreditam ser um poltergeist, mas a família desconfia que seja o espírito da tia Harriet.
Depois de alguns dias, os fenômenos estão em constante evolução e o corpo de Robbie sofre cada fez mais com os ataques. A família decide passar uns dias na casa de parentes, acreditando que o espirito que está atormentando Robbie não o faça em outro lugar. Porém eles estão enganados, as noites de possessão e de ataques violentos ao corpo do filho continuam. Assim obrigam-se a chamar um padre católico, que mesmo contra crenças da família, que não acredita em possessão demoníaca, tenta exorcizar o demônio do garoto.
Como sempre, a Darkside está arrasando na edição. A capa é preta com uma cruz em relevo e cheia de riscos que lembram ranhuras. Logo que abrimos a capa, encontramos um tabuleiro ouija e um marcador na forma de “pedrinha” para brincarmos com a tábua. A edição está super completa, com prefácio, história - dividida em 14 capítulos -, diário do exorcista, nota do autor, biografia, fontes e notas dos capítulos. Tudo para que o leitor tenha a mais completa experiência desse relato aterrorizante.
Os acontecimentos são contados em forma linear, com base no diário do exorcista e dos vários relatos que o autor coletou durante a sua pesquisa sobre o caso. A narrativa, que foi baseada no diário escrito pelo Raymon J. Bishop, padre jesuíta que acompanhou o exorcismo, está mais para um documentário. Nas últimas 50 páginas, há o diário do exorcista, o diário de Bishop com todos os registros feitos pelo padre. Achei o conteúdo repetitivo e desnecessário. Para fins de entretenimento, a leitura dos dois textos é dispensável, contudo em matéria de conhecimento e de pesquisa, acho relevante a leitura do diário.
Confesso eu achei tudo surreal. O modo como tudo acontece no início é de certa forma bem assustador, porém, quando o espírito toma conta do corpo de Robbie, as coisas ficam “forçadas” para o meu gosto. Não sei se foi pela narrativa, no tom mais jornalístico e analítico do caso, mas senti falta de uma assistência familiar ao garoto. Tive a impressão de que os pais só acompanhavam tudo de longe e que pouco se importavam com o filho.
O livro mostra todo o processo de exorcismo, que é mais complicado do que eu imaginava, e vai desde reunir provas de que a pessoa está realmente sofrendo possessão demoníaca e leva-las à alta autoridade católica da região para receber a autorização do exorcismo até a noites inteiras de reza aos pés da cama do possuído. É muito interessante ver que a igreja mantém documentos que explicam quais são os sintomas da possessão, como falar outro idioma e mutilações do próprio corpo.
Há muitos fatos que não podem ser comprovados, salvo os que constam no diário. Para fortalecer o relato, Allen faz referências a outros casos de exorcismo registrados em todo o mundo, alguns são bem conhecidos. A pergunta que fica depois da leitura é: depois de tanto tempo exorcizando o menino, todos os dias, o espírito foi embora porque foi expulso ou por livre e espontânea vontade? Tive minhas dúvidas. Além disso, é claro, tem o questionamento sobre a veracidade dos fatos narrados, pois não temos conhecimento de possessões demoníacas no século 21.
O livro é considerado o mais completo relato de um exorcismo pela Igreja Católica desde a Idade Média. Os investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren definiram a obra de Thomas B. Allen como “um documento fascinante e imparcial sobre a luta diária entre o bem e o mal”. Por isso, o livro é indispensável para os fãs do livro e/ou do filme O Exorcista e para os admiradores de livros que envolvem o sobrenatural.
Eis que anos depois aparece Exorcismo, de Thomas B. Allen, o relato real da história que inspirou o filme. Gente, eu nem sabia que essa história era real. Imagina minha cara de espanto, hahahaha!
Por azar (ou sorte), o livro escolhido para o Vórtice Fantástico de junho foi logo ele. O mais engraçado era que eu tinha o livro na estante (não resisto a uma edição da Darkside) mesmo sem imaginar que ele seria o escolhido e mesmo sabendo que eu nunca ia lê-lo (sabe de nada, inocente!). Mas estou feliz de ter conhecido a história e de ter debatido sobre o assunto do livro com outros leitores.
Depois de alguns dias, os fenômenos estão em constante evolução e o corpo de Robbie sofre cada fez mais com os ataques. A família decide passar uns dias na casa de parentes, acreditando que o espirito que está atormentando Robbie não o faça em outro lugar. Porém eles estão enganados, as noites de possessão e de ataques violentos ao corpo do filho continuam. Assim obrigam-se a chamar um padre católico, que mesmo contra crenças da família, que não acredita em possessão demoníaca, tenta exorcizar o demônio do garoto.
Minha opinião
Os acontecimentos são contados em forma linear, com base no diário do exorcista e dos vários relatos que o autor coletou durante a sua pesquisa sobre o caso. A narrativa, que foi baseada no diário escrito pelo Raymon J. Bishop, padre jesuíta que acompanhou o exorcismo, está mais para um documentário. Nas últimas 50 páginas, há o diário do exorcista, o diário de Bishop com todos os registros feitos pelo padre. Achei o conteúdo repetitivo e desnecessário. Para fins de entretenimento, a leitura dos dois textos é dispensável, contudo em matéria de conhecimento e de pesquisa, acho relevante a leitura do diário.
Confesso eu achei tudo surreal. O modo como tudo acontece no início é de certa forma bem assustador, porém, quando o espírito toma conta do corpo de Robbie, as coisas ficam “forçadas” para o meu gosto. Não sei se foi pela narrativa, no tom mais jornalístico e analítico do caso, mas senti falta de uma assistência familiar ao garoto. Tive a impressão de que os pais só acompanhavam tudo de longe e que pouco se importavam com o filho.
O livro mostra todo o processo de exorcismo, que é mais complicado do que eu imaginava, e vai desde reunir provas de que a pessoa está realmente sofrendo possessão demoníaca e leva-las à alta autoridade católica da região para receber a autorização do exorcismo até a noites inteiras de reza aos pés da cama do possuído. É muito interessante ver que a igreja mantém documentos que explicam quais são os sintomas da possessão, como falar outro idioma e mutilações do próprio corpo.
Há muitos fatos que não podem ser comprovados, salvo os que constam no diário. Para fortalecer o relato, Allen faz referências a outros casos de exorcismo registrados em todo o mundo, alguns são bem conhecidos. A pergunta que fica depois da leitura é: depois de tanto tempo exorcizando o menino, todos os dias, o espírito foi embora porque foi expulso ou por livre e espontânea vontade? Tive minhas dúvidas. Além disso, é claro, tem o questionamento sobre a veracidade dos fatos narrados, pois não temos conhecimento de possessões demoníacas no século 21.
O livro é considerado o mais completo relato de um exorcismo pela Igreja Católica desde a Idade Média. Os investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren definiram a obra de Thomas B. Allen como “um documento fascinante e imparcial sobre a luta diária entre o bem e o mal”. Por isso, o livro é indispensável para os fãs do livro e/ou do filme O Exorcista e para os admiradores de livros que envolvem o sobrenatural.
Postagem da
Oi Lê!!!
ResponderExcluirGosto bastante de livros e filmes com essa temática, mas realmente tem alguns que são forçados...
Mesmo sendo o relato real que originou o filme e livro, acho que o modo como foi escrito que pode passar essa impressão de "forçado"
Mesmo assim quero dar uma chance ler este livro, pois adoro o filme (mesmo nao sendo dos melhores) e estou gostando da série atual.
A edição é uma das mais lindas da DarkSide (se é que tem como dizer qual é a mais linda kkk)
Beijo.
Oi Lê, tudo bem?
ResponderExcluirNão sabia que existia o livro! Eu adorei a diagramação e esse "marca página" hahaha.
Eu AMO filmes/livros de terror, mas livros mesmo é raro eu ler... Mas, esse é um que com toda a certeza eu leria!
o tabuleiro ouija do começo do livro parece fascinante *-*
ResponderExcluirOi, Lê... então... eu já li O exorcista uns anos atrás por ser apaixonada pelo filme,que até hoje me dá arrepios... quando vi que a Darkside ia lançar essa edição contando o caso real em que a obra foi inspirada,coloquei logo em minha wishlist...apesar de vc ter se incomodado um pouco com o desenrolar da trama,ainda assim pretendo fazer a leitura...
ResponderExcluiressa tábua ouija *--* hahaha lembrando da adolescência brincando com sascoisas xD
bjs...
Oi Lê, tudo bem? Eu não conhecia o livro,mas é notório como a Darkside está tomando seu espaço e revelando livros lindos por fora, e pelo que eu estou lendo em resenhas, maravilhosos por dentro. Dica anotada, apesar de ser uma leitura que me assusta kkk > Bjs
ResponderExcluirhttp://www.facesemlivros.com/